terça-feira, 28 de maio de 2013

Eu só quero dormir na minha cama!

Olá pessoas, tudo bem?

O post de hoje é a continuação do meu relato publicado em 23/05/2013 (http://www.amandoemtempointegral.com/2013/05/sangramento.html), vou contar como terminou a véspera de aniversário do marido.

Quando o Marcelo me viu no box com a mão cheia de sangue, começou a correria por parte dele e, no instante seguinte ressurgia na porta do banheiro me pedindo para sair logo porque iríamos para o  pronto-socorro (nunca o vi trocar de roupa tão rápido), eu ainda calma no banho tentava ganhar tempo para confirmar se realmente não sairia de mim nada, além de 1 pequeno sangramento.
Estava frio e já passava da meia noite mas, lá fomos nós mesmo contra minha vontade. Fomos para um pronto socorro em Santo André, lugar estranho, nunca havíamos ido para aquele lugar. O marido não pôde entrar comigo na sala e também não pôde ficar na porta esperando, achei absurdo!
Ao ser examinada pelo médico obstetra plantonista, fui informada de que realmente era um sangramento de princípio abortivo e, que precisava ser observado com cuidado e que eu deveria ficar internada. Internada??? Como assim??? Pedi para chamar meu marido para que eu pudesse resolver com ele o que iria fazer, afinal, era a véspera de aniversário dele e eu não queria de maneira alguma fazê-lo comemorar num hospital.
O médico, logo disse que era o procedimento adequado e que eu não deveria pôr em risco a vida do bebê e nem a minha, tinha que ficar sim ao menos aquela noite internada para fazer exames na manhã seguinte. Questionei sobre a possibilidade de ir para outro hospital e novamente o médico enfatizou que eu estaria colocando minha vida e a do bebê em risco.
Aquilo era praticamente uma ordem, o médico, diante das circunstâncias tinha obrigação de fazer a papelada para que eu ficasse internada naquele hospital.
O desespero bateu, comecei a chorar... não por conta da minha vida ou muito menos por conta da vida de um bebê que eu nem sequer conhecia mas sim, por não poder voltar para casa...maldita hora em que eu chamei o marido para mostrar o sangramento, deveria ter ficado quieta e nada disso estaria acontecendo.
Subimos (o consultório obstétrico ficava no subsolo) e, insisti com o marido que eu não queria ficar lá, eu queria ir para casa! Muito preocupado com a situação ele apenas respondia que se tivesse que ficar eu iria ficar sim e ponto final. Perguntamos na recepção qual seria o procedimento para que eu pudesse desistir de ser internada (nesse momento ele já havia concordado em me levar para o hospital do convênio), era preciso assinar um termo de responsabilidade detalhando o motivo da desistência, e assim o fizemos.
Fiquei aliviada e estava feliz por ele ter aceitado me levar embora daquele hospital #sóquenão. Entramos no carro e ao invés de ir em direção à nossa casa, o marido estava indo em outro sentido.... E dá-lhe chororô novamente, mesmo explicando que eu não estava com dores e que só queria voltar para casa, o marido não se sensibilizou e me levou direto para o hospital próprio do convênio.
Hospital novo, reformado...parecia um hotel mas, em compensação o corpo de enfermagem e médicos eram piores do que os da rede pública, pessoalzinho grosso, sem nenhuma atenção especial por eu estar quase perdendo o bebê. Melhor assim porquê, me disseram que não tinha a necessidade de ficar internada, se piorasse o sangramento e tivesse dores aí sim teria que voltar para o hospital.
O marido pelo visto queria de qualquer jeito que eu ficasse internada, ele tinha medo de que durante a madrugada eu perdesse mais sangue e algo ruim acontecesse.
Por recomendação médica, eu teria que voltar na manhã seguinte para fazer um exame  de ultrassom. Ufa, estava aliviada por saber que voltaria para casa porque EU SÓ QUERIA DORMIR NA MINHA CAMA!

Bjo bjo,
Di