quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Birra até debaixo d'água!


Estou para fazer um post com este tema faz um tempo mas, acabei desencanando porque no dia eu estava pra lá de nervosa e provavelmente seria interpretada como a bruxa má da história e não como uma pessoa com seus limites de paciência atingidos enfim...

Com as férias do final de ano, e a pausa da escolinha no início de janeiro eu precisei ficar com o Murilo em tempo integral (igualzinho quando eu não trabalhava fora) e com isso o grude e (claro) as birras se sobressaíram ppr demais.

Tudo o que ele queria (pegar um brinquedo, montar um jogo, comer ou beber algo, trocar fralda, tomar banho...) "tinha" que ser acompanhado de uma cena daquelas: se jogar no chão, bater os pés, chorar, berrar e o pior... Me bater ou bater no pai /0\.

Aff como isso me estressa... 
Estressa tanto que acabava sempre descontando no maridex, mesmo tentando me deixar calma, eu ficava mais irritada ainda com o falatório de que eu precisava ter mais paciência.

Vez ou outra eu (após longos minutos tentando, em vão conversar para que o Murilo parasse com as birras) dava um tapinha nele. 
Aí cansei, cansei de tentar de tudo e nada resolver e decidi (em meio aos prantos - deitada na cama com ele causando horrores do meu lado) que estava na hora de fazer o inverso, passei a ignorar...

Eu não tinha outra saída e como sempre fico sozinha com ele a maior parte do tempo, não queria (e não podia) perder a razão e machucá-lo fisicamente.

Os testes de paciência eram tantos que eu tinha vontade de sumir ou pior, bater e bater e baterrrrr até ele parar de berrar mas (graças a Deus) mantive minha raiva e cansaço contidos e prometi para mim mesma que ele não iria apanhar e sim ficar de castigo.

Não foi nada fácil e para minha surpresa ele continuava a me desafiar.
Eu falava:
- Pára de fazer feio (birras de nível hard rsrs), você vai ficar de castigo!
Ele respondia:
- Eu quero castigo!

As aulas começaram e quando eu precisava levá-lo (normalmente maridex quem leva e eu busco) era aquele chororô. 
Passamos por praticamente uma nova adaptação escolar para ele entrar numa boa na escolinha quando eu tinha que levá-lo.

O estresse passou um pouco e eu comecei a achar que estávamos nos entendendo mas..."pegadinha do Malandro"!

Gente, vocês não tem ideia (muitos têm sim né?!) do quanto é desgastante quando a cria se enverga, se joga, se bate e berra quando está no banho; chora para entrar e faz pior para sair.

Essa foto aí, é a reação dele depois de causar horrores e eu jogar (literalmente) a toalha. Falei que então ele podia ficar na banheira, que eu ia sair e deixar ele lá sozinho mas que antes iria filmar para ele ver como é feio o que estava fazendo e tcharam... Parou rapidinho!

O assunto sobre birras por aqui vai longeeee... 
Cada dia uma nova surpresa!

Hoje por exemplo, precisei berrar muito mais alto do que ele berrava (ele até se assustou) para só então ter a crise de birra controlada.

Não sou a favor de nada que machuque uma criança (mesmo diante das piores situações) afinal, nossa força pode causar problemas irreversíveis (tanto físicos quanto psicológicos) mas, penso que o filho precisa de limites desde cedo;  acho o cúmulo do absurdo (essa frase é velha rsrs) ver crianças batendo nos pais, que ainda acham bonito, não serem repreendidas.

As birras aqui acontecem até debaixo d'água mas, a educação também!


Bjo bjo,
Di