quinta-feira, 4 de junho de 2015

Limite - caminho para construção da autonomia!

Quando uma criança faz aqueeeeela birra (não uma birrinha boba, aquela de deixar os pais querendo sumir do planeta), na maioria das vezes ficamos tentando descobrir onde é que erramos, ou ainda, o que fizemos para "merecer" tal teste de paciência não é mesmo?!

Imagem via Getty Imagens.

Como muitos sabem, eu não sou exemplo algum de paciência (embora, com o passar dos meses tenha tido muito mais exercícios - digamos que forçados rsrs - para controlar ataques de surto e assim manter a calma), tento não entrar no jogo do Tibiko ou ainda, no meu próprio jogo!!!

Sim, podem acreditar: as birras acontecem em grande parte do tempo por conta de nós (os adultos maduros) que permitimos tais comportamentos dos nossos filhos ;\

Aposto (e ganho) que você prometeu agir de um jeito por trocentas vezes e o filho, ao perceber que tudo não passava de uma promessa, continuou insistindo em te desafiar (no sentido de te deixar querendo morrer de raiva). 

Veja só, quantas destas frases você costuma dizer ou já disse:

- Se você não parar com isso a gente vai embora agora (e não foi...)!
- Levanta do chão senão eu vou te deixar aí (e não deixou...)!
- Doces só depois de comer toda a comida (e deu antes...)!
- Se você não me obedecer vai ficar de castigo (e não ficou...)!
- Só vai sair para brincar depois que terminar a lição de casa (e não fez...)!
- Se continuar me respondendo não vai usar a internet por 1 semana (e deixou usar...)!

Não adianta tentar se enganar, as birras dos filhos (de qualquer idade) se intensificam diante das nossas promessas e/ou fraquezas.

NÃO é uma palavra que deve ser dita apenas em casos extremos e de preferência que nós não voltemos atrás, por exemplo:

De comum acordo com seu parceiro, faça o exercício dos sacos do NÃO!

Imagine 3 sacos onde:

O primeiro é não/não - ficar de regata no frio, usar maquiagem, dormir tarde, etc (tudo aquilo que para você não tenha desculpa ou o que não pode acontecer);

O segundo é não/talvez - comer doce durante a semana, assistir TV, etc (tudo aquilo que possa ser negociado, que você até permita acontecer dependendo da situação);

O  terceiro é não/não compro essa briga - usar a roupa que quer (pra quê estressar se a criança quer ir fantasiado? Libere, aceite e evite o desgaste na hora de sair), etc.

Eu poderia ficar horas falando sobre tudo o que conversamos na roda de conversa dirigida pelas profissionais do Educa Cuca mas, quero enfatizar justamente que não é fácil e exige muita disciplina de nós adultos na hora de educar. 

Sendo assim, deixo a proposta de que possamos ao menos começar, afinal...a construção da autonomia do ser humano é desenvolvida ao longo de sua vida, bora começar?!

Imagem via slideshare.net


Bjo bjo,
Di *^^*